Recebi este texto na reunião da escola dos meus pimpolhos e quis compartilhar com vocês.
O autor é desconhecido, mas creio que todas as mães irão se identificar, nem que seja um pouco.
"Enquanto outras crianças comiam doces no café da manhã, eu tinha que engolir um copo de leite. Enquanto os outros bebiam refrigerantes o dia todo, minha mãe dizia; “Água ou limonada são muito mais saudáveis”. Ela insistia em saber onde eu estava o tempo todo. Dava até para pensar que eu era o seu pequeno escravo. Ela fazia questão de ficar a par de tudo o que eu fazia e quem eram meus amigos. Confesso, envergonhado, que às vezes até levava umas palmadas dela. Imaginem só, bater numa criança só porque ela respondeu mal ou desobedeceu. Minha mãe ousou quebrar a Lei de Proteção ao Menor.
Verdade! Ela me fazia trabalhar. Eu era obrigado a lavar a louça, arrumar minha cama e guardar minhas roupas. Enfim, todas essas coisas horríveis que fazem parte do trabalho doméstico.
Ela insistia em que eu devia falar sempre a verdade e nada mais do que a verdade. E dizia: “Uma mentira leva a outra e cada vez fica mais difícil voltar à verdade”. Ela sempre me obrigava a fazer a lição de casa antes de brincar e eu só tinha permissão para assistir a determinados programas de televisão que ela mesmo escolhia. E tudo isso sem mencionar que eu tinha que dormir cedo. Sempre eu tinha aquela sensação de que minha mãe era a mãe mais chata do mundo. Podia eu fingir que estava doente para tentar ficar em casa num dia de chuva e faltar à aula? Jamais! E ainda mais exigia de mim boas notas na escola. Inadmissível um vermelho no boletim.
Às sextas feiras à noite tínhamos reunião de família (que chatice), enquanto meus amigos iam ao cinema e organizavam festinhas. Quando adolescente, poucas coisas mudaram. Enquanto meus amigos ganhavam seus próprios carros, eu tinha que trabalhar para poder comprar o meu. Eles ganhavam mesadas dos pais, mas eu era obrigado a prestar contas de todos os meus gastos. E sempre com minha mãe atrás, consegui completar (e com esforço) o colegial. E em seguida, a faculdade. Mamãe jamais me perdia de vista, vigiando-me para que eu sempre enfrentasse a realidade, sem jamais poder me esquivar de alguma situação difícil e, é claro sempre, exigindo que eu falasse unicamente a verdade.
Mamãe obrigou-me a crescer como adulto honesto e educado temente a Deus e com um amor que só hoje posso compreender. A mãe mais chata do mundo é a pessoa que me tornou o homem respeitado de hoje. Por sua vez, quando vieram as dificuldades de alguns daqueles amigos que obtinham tudo sem qualquer esforço, com uma mãe bacana ”demais” – então eu entendo e dou mais valor à minha mãe. Ela me ensinou a dar o verdadeiro valor às coisas, com ela aprendi a pensar não somente em mim, mas também na família e nos amigos, a lutar com empenho pelos meus ideais e a dizer sempre somente a verdade. Agora quando meus filhos chamam a mim e minha esposa de chatos, pelas mesmas razões, fico tranqüilo e tenho certeza de que, algum dia, eles compreenderão porque são o que há de melhor em nossas vidas." ( autor desconhecido)